Resumo
RESUMO: O manejo da água na agricultura irrigada deve fornecer água as plantas em quantidade suficiente para prevenir o estresse hídrico, favorecendo incremento de produtividade e qualidade da produção, e minimizar o desperdício de água, a lixiviação de nutrientes e a degradação do meio ambiente. A prática da irrigação sempre foi tida como vilã quanto ao uso racional dos recursos hídricos, porém, o que se tem observado é a ausência de manejo da água, a qual deve ser discutida como uma questão cultural e não financeira. Portanto, esse trabalho teve como objetivo orientar aos usuários da água quanto as diversas formas de manejo via solo ou atmosfera, através da real necessidade hídrica da cultura, além de descrever os parâmetros de influência direta e indireta que devem ser levados em consideração para que se tenha eficiência de irrigação. Foi apresentada as formas de aquisição, manipulação e aplicação prática dos dados de solo e/ou climáticos no manejo da irrigação. O manejo da irrigação via atmosfera exigirá do usuário da água a infraestrutura meteorológica necessária para coleta de dados atmosféricos e para quantificar a transferência de água do sistema solo-planta para a atmosfera. No manejo via solo, os irrigantes dispõem desde sensores mais convencionais como novas tecnologias simples e já disponíveis em escala comercial, permitindo boa precisão no monitoramento da água no solo. Além do manejo via solo ou atmosfera, muitas das vezes são negligenciados os dados de disponibilidade e qualidade hídrica, assim como, a infiltração de água no solo, a velocidade do vento e a uniformidade de molhamento, sendo que neste trabalho foram discutidos esses assuntos como subsídio à orientação ao produtor independente de seu nível tecnológico. Dentre os métodos apresentados, o que se tem melhor representado a necessidade hídrica da planta é a estimativa da evapotranspiração pelo método padrão, o de Penman-Monteith. Os demais métodos apresentados seria uma confirmação do correto manejo do método padrão.